Na iniciativa estará em discussão um documento de consenso elaborado por um conjunto de peritos constituído por médicos especialistas em Cardiologia, Medicina Interna e Medicina Geral e Familiar, e que pretende expor o problema da insuficiência cardíaca em Portugal ao nível do diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos doentes e subscrito pelos grupos de estudos de insuficiência cardíaca das Sociedades Portuguesas de Cardiologia e Medicina Interna, bem como pelo núcleo de enfermagem em cardiologia da SPC, Colégio da Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos e Núcleo de Estudos de Doenças Cardiovasculares em Medicina Geral e Familiar.
A Prof.ª Doutora Cândida Fonseca, coordenadora do GEIC, refere que “com este documento queremos alertar para a necessidade urgente de priorização da insuficiência cardíaca na agenda da Saúde, tendo em conta a prevalência atual e o seu aumento expetável a curto prazo, a elevada mortalidade e morbilidade a que está associada, e o fardo socioeconómico para doentes, famílias e sociedades”.
E acrescenta: “este documento apresenta também os principais problemas relativos à insuficiência cardíaca, como o desconhecimento da relevância desta doença, e traça as medidas urgentes que os decisores políticos, instituições de saúde e profissionais de saúde devem implementar a curto e médio prazo”.
A insuficiência cardíaca constitui uma das principais epidemias do século XXI e consome 1 a 3% do orçamento para a Saúde nos países desenvolvidos. Define-se como uma síndrome causada por uma anomalia da estrutura e/ou da função cardíaca, conduzindo a um débito sanguíneo inadequado às necessidades metabólicas do organismo em repouso ou exercício.