Num comunicado divulgado à comunicação social, a presidente da ANDAR, Dr.ª Arsisete Saraiva, refere que a Associação tem recebido, nas últimas semanas, “várias denúncias de doentes que saem das farmácias hospitalares sem saber exatamente qual o medicamento que lhes é fornecido e sem saber se o seu médico foi informado da troca”.
Face às queixas conhecidas, a ANDAR e outras associações de doentes crónicos formularam um pedido de audiência ao ministro da Saúde. Em causa estarão as novas orientações da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde sobre a mudança de medicamentos biológicos para biossimilares, que recomendam a utilização de fármacos mais baratos.
Neste sentido, a presidente da ANDAR refere que não se pode permitir que as "farmácias hospitalares alterem o tratamento prescrito sem ter em conta a opinião do médico e sem o devido consentimento dos doentes", uma vez que considera que a relação entre médico e doente, "fundamental, ainda mais no caso das doenças crónicas como a artrite reumatóide", fica fragilizada.
"É o médico, quem melhor conhece o doente e sabe do seu historial clínico, deve ser ele o principal responsável pela prescrição. A escolha do medicamento não pode transitar para a CNFT, de cada hospital e muito menos ter por base critérios meramente economicistas”, sublinha ainda a Dr.ª Arsisete Saraiva.