Conforme explicou o Prof. Doutor Bruno Silva Santos, no contexto dos tumores hematológicos, estão a ser avaliadas duas estratégias de Imunoterapia. Já está a ser testada a eficácia de anticorpos imunomoduladores, que permitem o reconhecimento, por parte do sistema imunitário, de células malignas. “Para o linfoma de Hodking registaram-se avanços significativos com anticorpos anti-PD1”, reiterou o preletor.
Para outros tumores hematológicos, nomeadamente, as leucemias, “a expressão PD-L1 não é suficientemente robusta para induzir uma resposta eficaz”. Neste âmbito, esclareceu o palestrante, estão a ser desenvolvidas duas novas abordagens de tratamento baseadas em linfócitos T.
Por um lado, a estratégia assenta na possibilidade de “gerar células T mais eficazes e em maior número” (algo que o investigador está a desenvolver no iMM, com células do tipo gama-delta).
Por outro lado, o Prof. Doutor Bruno Silva Santos lembrou que há possibilidade de modificar as células geneticamente, sendo este o racional da estratégia com CAR (Chimeric antigen receptor) T-cells. Os dados revelam que, com esta abordagem com CAR-T cells, é possível obter “respostas completas superiores a 90% no caso das leucemias linfocíticas agudas da linhagem B”.