Descoberta em 1921, a insulina veio revolucionar o tratamento da diabetes, permitindo a sobrevivência dos doentes com esta patologia: “O que acontecia antigamente é que as pessoas morriam ao fim de alguns dias ou semanas, pelo que a grande revolução da descoberta da insulina foi levar estas pessoas à vida e integrá-las na sociedade. As pessoas passaram a saber gerir a sua própria doença, com o doente a autocontrolar e administrar o próprio tratamento”, nota o Dr. Luís Gardete Correia.
Apesar das mudanças nestes 100 anos, com as diferenças de tipos de insulina para as diferentes diabetes, por exemplo, o principal marco que o endocrinologista destaca é o facto dos utentes conseguirem ter uma vida normal, apesar da doença crónica, e conseguirem controlar e gerir a própria doença sem recorrerem constantemente aos serviços médicos.
“O marco mais importante da diabetes é a descoberta da insulina. A parte seguinte é a transmissão do poder para os próprios doentes, isto implica formação, educação para que as pessoas saibam como enfrentar as várias situações ao longo da vida, permitindo aos indivíduos estarem completamente integrados na sociedade”, refere o médico.
A exposição irá permanecer na FMUL até ao dia 30 de janeiro. Depois, viaja até ao Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, de 1 a 23 de fevereiro. Além destas cidades, a exibição poderá ainda ser visitada em Coimbra, Funchal e Ponta Delgada.