“A Medicina Interna é a especialidade base do SNS no hospital, correspondendo a 14% do total dos especialistas hospitalares. Tem do seu lado profissionais competentes, que desenvolvem as suas funções assistenciais em áreas diversos, nunca deixando de ver o doente como um todo. É por isso que os internistas são os que melhor podem aconselhar os hábitos de vida mais saudáveis, que promovem a saúde e evitam a doença”, afirma o Prof. Doutor João Araújo Correia, presidente da SPMI.
Acrescenta ainda: “Neste ano de pandemia, a Medicina Interna demonstrou ser uma especialidade-chave na resposta hospitalar a doentes COVID-19, tendo-se evitado a rutura do SNS. Tentamos fazer o nosso melhor, para que o prestígio da Medicina Interna em Portugal seja cada vez maior”.
“É importante relembrar que foram os internistas que trataram a maioria dos doentes COVID-19 de grau moderado a grave, nos Serviços de Urgência, nas Enfermarias, nos Cuidados Intermédios e até nos Cuidados Intensivos, na primeira vaga, repetindo esse trabalho árduo neste segundo pico, que ainda estamos a viver”, realça.
Além disso, o especialista sublinha: “O nosso modelo de exercício da Medicina Interna, deu provas da sua valia. E, ao contrário de todas as outras especialidades, que reduziram ao mínimo a sua atividade, a Medicina Interna continuou a tratar, de forma diligente e segura, cerca de 90% dos seus doentes habituais não COVID-19”.
Dezembro é um dos meses de maior movimento nos hospitais, pelo aumento das doenças respiratórias de inverno, às quais acresce a pandemia da COVID-19. “No Serviço de Urgência, onde o afluxo de doentes é ainda mais notório, a população pode continuar a contar com o trabalho diligente e competente dos Internos e Especialistas de Medicina Interna”, refere a SPMI.
A par de ser o Mês da Medicina Interna, o último mês do ano ficará também marcado pelo 69.º aniversário da SPMI, comemorado a dia 14. Sessenta e nove anos após a sua fundação, a SPMI é filiada na Sociedade Internacional de Medicina Interna e membro da Federação Europeia de Medicina Interna, contando já com mais de três mil sócios, que lhe valeram o estatuto de maior Sociedade Científica Médica Portuguesa.