“Este modelo não funciona, não liberta os médicos que estão permanentemente a ter solicitações clínicas e compromete a garantia da formação que a lei consagra” explica o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, Prof. Doutor Victor Gil.
A SPC direcionou cartas à Ordem dos Médicos e ao Secretário de Estado Adjunto e da Saúde a alertar para esta situação, sem obter resposta até ao momento.
“Trata-se de ações de formação para as quais os médicos têm de ter disponibilidade adequada de tempo para nelas participarem, durante a sua hora de trabalho. A proliferação de reuniões tipo webinar à noite ou em fins e semana, constitui uma tremenda sobrecarga, injusta, violenta e sem paralelo noutras áreas de atividade”, avisa o presidente da SPC.
A educação médica continuada tem sido a alavanca que tem suportado o avanço verificado na medicina moderna, com impacto muito visível na melhoria da sobrevivência e da qualidade de vida das populações.