A amostra, em Portugal, foi de 150 profissionais, dos quais 40% eram especialistas, médicos de cuidados secundários ou cirurgiões, 36,7% eram médicos de clínica geral e 23,3% eram enfermeiro. Um total de 86,0% dos profissionais inquiridos trabalha em hospitais públicos, refere a consultora em comunicado.
De acordo com o estudo, assistiu-se na Europa “a uma ampla adoção de tecnologias digitais de apoio ao trabalho dos médicos em resposta à Covid-19. Em Portugal, 80% dos profissionais de saúde inquiridos afirmam que a sua organização aumentou a adoção de tecnologias digitais em grande medida ou em certa medida, para apoiar as suas formas de trabalho em resposta à pandemia”.
A mesma pesquisa conclui que, no nosso país, cerca de 81% dos clínicos inquiridos afirma que a sua organização aumentou a adoção de tecnologias digitais para fornecer suporte virtual e formas de envolvimento com os pacientes em grande ou alguma extensão.
No entanto, apesar deste aumento, o estudo verificou que os médicos e enfermeiros portugueses consideram que o “esforço de formação nesta área não acompanhou”.
Em Portugal, apenas 44% dos médicos e enfermeiros inquiridos estão razoavelmente satisfeitos ou muito satisfeitos com a formação ministrada, “o que pode ser atribuído a um menor número de ações de formação e apoio prestado à utilização de tecnologias no país como um todo”. O que relva que 47,3% dos profissionais de saúde nunca recebeu, por parte da sua organização, qualquer formação relativa à utilização de novas tecnologias ou recursos digitais. A média europeia neste aspeto situa-se nos 25,5%.
Ainda de acordo com o estudo “Digital Transformation: Shaping the future of European healthcare”, os profissionais de saúde portugueses acreditam que as suas organizações estão preparadas para adotar tecnologias digitais, estando esse valor nos 84%.
Consulte aqui o estudo completo.