Ainda que não existam estudos, a APFISO receia que o confinamento realizado no contexto da atual situação pandémica, possa aumentar a condição de demência numa população tendencialmente envelhecida e em isolamento social.
“É por demais evidente que, nos últimos meses, o efeito da quarentena profilática associada à pandemia COVID-19 originou riscos agravados para a saúde mental. Há estudos publicados sobre este tema e que se baseiam em quarentenas de grupos pequenos, relacionados com os vírus SARS-Cov1, MERS-CoV, HINI e Ébola, por períodos curtos, de 10 a 21 dias de isolamento, mas suficientes para provocar impactos negativos na saúde mental, sobretudo de idosos”, explica a fisioterapeuta Marlene Rosa.
Neste contexto, a associação sentiu que era urgente criar mecanismos para a prestação de cuidados de qualidade em saúde mental, particularmente junto de idosos institucionalizados e de idosos em isolamento nas suas próprias habitações.
Os responsáveis da APFISIO relembram que antes da pandemia, os diagnósticos de demência já se encontravam em crescendo, estimando-se que os números em Portugal estariam nos 1,9% da população, com previsão de duplicação, para 3,82%, até 2050.