Eleita para um mandato de três anos, a Prof.ª Doutora Catarina Eloy assume como linhas de ação "aumentar o número de membros daquela sociedade científica e o seu envolvimento nas ações da mesma, estabelecer um programa educacional sólido e apropriadamente divulgado, e aumentar a colaboração com a indústria”.
Fundada em 2016 em Berlim, a ESDIP tem como principal missão apoiar os patologistas de toda a Europa nas iniciativas de Patologia Digital e Integrativa, nomeadamente na criação de protocolos e normas, e na disseminação e educação desse conceito.
Para a patologista, presidir à ESDIP significa “poder participar ativamente num dos momentos mais emocionantes da história da Patologia − a revolução digital”.
A Prof.ª Doutora Catarina Eloy lembra que a revolução digital na Medicina “tem tido um efeito determinante na Anatomia Patológica nos últimos anos”, recordando que “na chamada Patologia Digital, as células e os tecidos deixam de ser observados ao microscópio e são observadas em ecrãs digitais, após digitalização completa das lâminas”. Assim, “a imagem digital obtida pode ser analisada com recurso a técnicas computacionais, integrativas, abrindo portas à utilização de inteligência artificial”, o que leva a uma fase em que “o processamento da imagem digital está a começar a permitir a progressiva automatização da prática desta especialidade médica”.
Como exemplo da “revolução” em curso, a nova presidente da ESDIP destaca a eficiência crescente dos digitalizadores de lâminas, “como podemos testemunhar no laboratório de Anatomia Patológica do IPATIMUP, onde temos um fluxo de trabalho completamente digital”.
Segundo a Prof.ª Doutora Catarina Eloy, é, por isso, “fundamental apoiar o uso da imagem digital no trabalho diário do patologista”, sendo crucial “ajudar os laboratórios de Anatomia Patológica portugueses a iniciarem esta transição para o fluxo de trabalho digital”.
Fonte: Notícias U.Porto