“Vimos, desta forma, exigir a nossa inclusão formal neste e em qualquer outro grupo de trabalho em que sejam discutidas decisões que afetam a saúde de todos nós”, escreveu a Dr.ª Rosário Zincke, presidente da Plataforma Saúde em Diálogo, associação que representa 55 associações de doentes, promotores de saúde, profissionais de saúde e consumidores.
Na carta, a Plataforma manifestou “total estupefação e profundo desagrado” com o facto de ter sido excluída do grupo de trabalho, que inclui representantes de várias unidades hospitalares, da Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), a quem compete coordenar o grupo.
A Plataforma Saúde em Diálogo entende que o grupo de trabalho exclui os destinatários das medidas: as pessoas com doença. Esta decisão é “uma terrível e clara afronta à tão proclamada prioridade deste XXII Governo Constitucional: ‘tornar o Serviço Nacional de Saúde mais justo e inclusivo, respondendo melhor às necessidades da população’”, declarou a Dr.ª Rosário Zincke, sugerindo a colaboração da instituição: “queremos, devemos e podemos fazer parte da solução desde a sua conceção até à sua implementação e, posteriormente, durante a sua avaliação periódica”.
Nos últimos meses, a Plataforma Saúde em Diálogo demonstrou "total disponibilidade" para colaborar nos processos de decisão relativos à Saúde, nomeadamente no contexto da pandemia, partilhando o seu posicionamento numa carta enviada ao Presidente da República e ao primeiro-ministro, no início de maio.