O início do estudo PORTHOS (PORTuguese Heart failure Observational Study) está previsto para o mês de outubro, a partir do qual uma carrinha irá percorrer o país, realizando o levantamento de dados através de um conjunto de rastreios a mais de seis mil pessoas.
Segundo projeções feitas com base no estudo EPICA, estima-se que em Portugal possam existir 400 mil indivíduos adultos com insuficiência cardíaca e que possa vir a ocorrer um aumento de 30% no número de doentes até 2034.
O Prof. Doutor Victor Gil, presidente da SPC, considera que “mais de vinte anos depois, com diferente enquadramento demográfico, com alterações profundas no tecido social e económico e até diferentes definições da insuficiência cardíaca, torna-se imperativo efetuar um novo estudo, de forma a melhor compreender a epidemiologia e com isto projetar melhores decisões clínicas, de organização de cuidados e políticas de saúde”.
Já o Prof. Doutor Carlos Sánchez-Luiz, country president da AstraZeneca Portugal, refere que “nas últimas décadas, a AstraZeneca e a SPC têm sido parceiras em muitas iniciativas e projetos de investigação, educação e formação pós-graduada na Medicina Cardiovascular, pelo que este estudo constitui um exemplo da excelência do que melhor pode ser a colaboração entre a indústria farmacêutica de investigação e a comunidade médica e científica”, adiantando que “o estudo PORTHOS permitirá conhecer melhor a realidade da insuficiência cardíaca e por esta via adotar estratégias de gestão em saúde, seguimento e tratamento de doentes mais efetivas”.
A coordenação operacional do trabalho será assegurada por uma Comissão Executiva, presidida pela Prof.ª Doutora Cristina Gavina, vice-presidente da SPC.
Por outro lado, a coordenação científica do estudo estará a cargo do coordenador do Grupo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da SPC, o Prof. Doutor Silva Cardoso.
No enquadramento estratégico, apoio científico, e execução do estudo estarão ainda envolvidos dezenas de académicos e clínicos.