Antes de realizar a cirurgia no Hospital da Cruz Vermelha (HCV), em Lisboa, no passado mês de maio, Nuno Santos já não conseguia caminhar nem trabalhar. Também tinha apneia do sono e por isso fazia trabalhos durante a noite, no computador.
O primeiro passo para a mudança deu-se em outubro de 2019, quando procurou o Dr. Rodrigo Carvalho de Oliveira. “Realizei uma avaliação metabólica minuciosa, reeducação alimentar e avaliação com a equipa multidisciplinar: endocrinologista, cardiologista, nutricionista e psicólogo. Optámos pelo início de terapia intensiva médica, com inibidores do apetite injetáveis, medicações para melhora de distúrbios metabólico do colesterol, edema hepático gorduroso, ácido úrico, hipertensão e diabetes”, especifica o especialista do HCV.
O médico frisa que “a obesidade é uma doença metabólica crónica que está no fator genético” e refere que “o preconceito faz com que estes doentes não se tratem convenientemente”. De facto, o caso de Nuno serve par exemplificar que há solução.
Assim, depois da primeira fase, Nuno colocou um balão intra-gástrico, para redução drástica de peso e para diminuir eventuais riscos durante a intervenção cirúrgica. Em fevereiro 2020, “o balão intra-gástrico foi retirado, devido a várias queixas de refluxo e por ter atingido a meta dos 210Kg. Mesmo com o quadro mundial da pandemia, resolvemos agendar a cirurgia bariátrica para maio de 2020, porque havia risco de voltar a ganhar peso”, relata o Dr. Rodrigo Carvalho de Oliveira. Em entrevista, explicou mais pormenores desta intervenção cujo sucesso é evidente, bem como pormenores sobre a doença. Veja o vídeo.