De acordo com a revisão do risco de cancro de pele em doentes tratados com mebutato de ingenol, o perfil de benefício-risco do medicamento é negativo. O produto estava indicado para lesões de pele, como as queratoses actínicas, que ocorrem com mais frequência em áreas sujeitas a exposição solar crónica ao longo de muitos anos, sendo vermelhas ou acastanhadas, algumas vezes com uma superfície escamosa, e ásperas ao toque.
As conclusões da revisão feita pela EMA “mostraram uma maior ocorrência de cancro de pele, especialmente carcinoma espinocelular, em doentes tratados com mebutato de ingenol comparativamente com imiquimod, outro medicamento para queratose actínica, confirmando-se também que a eficácia de mebutato de ingenol não se mantém ao longo do tempo”, esclarece o Infarmed.
O Infarmed e a EMA recomendam que os doentes que foram tratados com mebutato de ingenol se mantenham atentos ao desenvolvimento de lesões na pele e, caso estas ocorram, procurem assistência médica.
A autorização de introdução no mercado do medicamento estava revogada, a pedido do titular (LEO Laboratories Ltd.) desde fevereiro deste ano.
Fonte: Lusa