A Prof.ª Doutora Mónica Bettencourt Dias, diretora do IGC, considera que “o Instituto Gulbenkian de Ciência tem de ser parte da solução com estratégias em várias frentes, a mais premente a nível do diagnóstico: fazendo testes no equipamento da unidade de genómica do IGC, desenvolvendo testes alternativos, e tendo cientistas onde são precisos, em particular nos hospitais”.
O Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO) é uma das primeiras unidades hospitalares da região de Lisboa e Vale do Tejo a reforçar as suas equipas. Os investigadores do IGC já começaram a integrar as equipas dos laboratórios que funcionam em turnos de 24 horas por dia, sete dias por semana, e onde a quantidade de pedidos de testes à COVID-19 vai aumentar progressivamente nas próximas semanas.
A Dr.ª Cristina Toscano, responsável do Laboratório de Microbiologia Clínica e Biologia Molecular do CHLO, revela que os investigadores do IGC integram as equipas e, numa primeira fase, recebem formação para se adaptarem aos circuitos de trabalho e equipamentos.
“Posteriormente, garantem um reforço das equipas dedicadas ao diagnóstico da COVID-19, o que nos permite aumentar a capacidade de resposta numa altura de crescente procura”, sublinha.
“Nós conhecemos as técnicas e os equipamentos e podemos rapidamente ajudar a aumentar a capacidade de resposta destes laboratórios. Fui muito bem recebida na equipa e é muito gratificante poder contribuir neste momento tão desafiante que vivemos”, afirma a Dr.ª Sílvia Costa, investigadora do IGC e uma das primeiras voluntárias colaborar com o Laboratório de Microbiologia Clínica e Biologia Molecular do CHLO.
Aos investigadores do IGC já se juntaram outros da Fundação Champalimaud. Também o Hospital Fernando da Fonseca irá integrar investigadores nos laboratórios, devido à grande movimentação de profissionais dispostos a contribuir. Para o IGC, este esforço “serve de prova da sinergia entre centros de investigação e hospitais nesta luta contra a COVID-19”, conclui.