“Estão reunidas na UA as condições ideais para ajudar a região na monitorização da covid-19”, assegura o Prof. Doutor Artur Silva, vice-reitor da UA para a área da investigação.
Nos últimos seis anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil euros, na área da Virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de Munique.
Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, “reúnem as condições recomendadas pela Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-2”, acrescenta o responsável.
Os testes serão realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado (BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV.
“Estes laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no laboratório”, adianta.
O vice-reitor relembra ainda que investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios são sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão, “recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de elevada biossegurança”.
Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da recolha das amostras biológicas nos hospitais da região e os equipamentos de processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, tendo sido ainda possível criar um circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas com kits de proteção, a biossegurança está garantida, conclui o responsável.