“Os doentes respiratórios, se não tiverem cuidados especiais, como por exemplo os doentes que utilizam oxigénio, nomeadamente nas suas necessárias deslocações aos estabelecimentos de saúde, ou por falta de recomendações ou por falta de conhecimento, podem colocar efetivamente a sua vida em risco”, começa por alertar a Dr.ª Isabel Saraiva, presidente da Respira e fundadora do MOVA.
A responsável refere ainda que, no mundo, 384 milhões de pessoas sofrem de DPOC, doença que causa três milhões de mortes anualmente. Numa situação de pandemia, estes números “alarmantes” agravam-se, pelo que a presidente apela a que as entidades responsáveis realcem a importância do tema para as pessoas com doenças respiratórias crónicas.
“Não temos encontrado informação sobre medidas dirigidas exclusivamente a estes doentes. As recomendações divulgadas são comuns aos doentes crónicos, independentemente da natureza da sua doença”, adianta.
O contágio e a mortalidade do covid-19 são maiores do que na gripe comum e em casos mais severos pode dar origem a pneumonia e insuficiência respiratória, consequências possivelmente fatais para uma pessoa com doença respiratória crónica. Nesse sentido, a Dr.ª Isabel Saraiva sublinha a necessidade de informação quanto ao que “um doente com doença respiratória crónica deve fazer para se proteger e/ou que medidas sociais tem a seu favor”, conclui.