“Não falhem”: FEPODABES apela a doações de sangue

19/03/20
“Não falhem”: FEPODABES apela a doações de sangue

A Federação Portuguesa dos Dadores Benévolos de Sangue (FEPODABES) lança um apelo a todas as pessoas que habitualmente doam sangue para que “não falhem” durante estes tempos de contenção social que a pandemia do covid-19 está a impor. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) está a sofrer “uma forte redução no número de dadores” devido ao surto, tendo avançado para o nível amarelo de alerta.

 

“Se se sente bem e já deu sangue há mais de três meses (homens) ou quatro meses (mulheres) dirija-se a uma sessão de colheita de sangue para fazer a sua dádiva. Porque continuam a existir doentes e acidentados a precisar de transfusões”, alerta o Dr.Alberto Mota, presidente da FEPODABES.

No entanto, os dadores “que habitam nas regiões em situação de quarentena não devem entrar no espaço de colheita e devem aguardar até à próxima colheita de sangue para fazer a sua dádiva. Pois, embora saudável, é possível que um dador infetado e assintomático, pré-sintomático ou com sintomas muito leves, possa acorrer a um local de colheita de sangue pondo em risco os profissionais de saúde e outros dadores”, relembra o responsável.

O risco de transmissão do novo coronavírus através do sangue é atualmente desconhecido, não havendo, contudo, evidências da sua transmissão. Ainda assim, não parece haver razões para alarme, dado que, até agora, não foi reportado nenhum caso de transmissão de vírus respiratórios por transfusão ou transplantação, e as medidas adotadas para a elegibilidade dos dadores de sangue impedem a dádiva de pessoas com manifestações clínicas de infeção respiratória ou febre.

Nesse sentido, a FEPODABES apela a todos que continuem mobilizados para salvar vidas: “A dádiva de sangue é segura e os serviços que estão a fazer as colheitas de sangue cumprem todos os requisitos de segurança exigidos pela Direção-Geral da Saúde. Com a colaboração de todos vamos conseguir que a normalidade volte a imperar”, conclui o Dr. Alberto Mota.

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