“Não foram recebidos, até ao momento, relatórios sobre falhas de abastecimento ou interrupções no fornecimento de medicamentos comercializados na UE devido a este surto. No entanto, à medida que a emergência de saúde pública se desenvolve, a escassez ou interrupções de abastecimento de medicamentos não podem ser excluídas”, considera o organismo.
Ainda assim, a EMA, a Comissão Europeia e as autoridades competentes dos Estados Membros da UE organizaram a primeira reunião do Grupo Executivo da UE quanto à escassez de medicamentos causados por grandes eventos, de modo a discutir medidas para travar o impacto do surto de covid-19 no fornecimento de medicamentos no espaço europeu.
No que toca ao covid-19, o grupo identificará e coordenará as ações em toda a UE para, se necessário, proteger os doentes se existirem falhas de abastecimento de medicamentos. O grupo pretende também garantir que os utentes e profissionais de saúde em toda a UE sejam informados de maneira transparente sobre os riscos e as ações corretivas adotadas
No entanto, é da responsabilidade das empresas farmacêuticas garantir a continuidade do fornecimento de medicamentos, o que inclui, por exemplo, que os fabricantes implementem medidas de resiliência apropriadas, como o aumento de stocks ou fornecimento duplo de produtos e materiais.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para pandemia.
Detetado em dezembro na China, o surto de covid-19 pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocando mais de quatro mil mortos e infetando mais de 118 mil pessoas numa centena de países e regiões, 61 das quais em Portugal. De notar que das pessoas infetadas, cerca de 60 mil já recuperaram.