“Reumanizar é uma palavra que não aparece em nenhum dicionário, mas que significa muito para muitas pessoas, dependendo da sua história”, começa por dizer o Dr. Luís Cunha Miranda, presidente da SPR.
“Devolver ao doente uma vida digna porque ele existe para além da sua doença, é o nosso compromisso”, acrescenta.
Abrir uma garrafa de água ou apertar um sapato podem significar tarefas muito complicadas ou mesmo impossíveis quando se sofre de uma doença reumática. Um diagnóstico e tratamento precoces supõem uma mudança fundamental na evolução da doença. Este é um conceito que representa o ato em que o doente reumático, com a ajuda do seu reumatologista, volta a fazer as suas tarefas, a fazer o que realmente gosta, a ter uma vida independente.
De acordo com a SPR, a humanização dos cuidados de saúde deve basear-se na melhoria da relação médico-doente e no acesso dos doentes às especialidades que podem fazer a diferença na sua melhoria, pelo que os doentes devem exigir esse acesso às especialidades, e as sociedades exigir que o SNS cumpra o seu desígnio de acessibilidade e equidade.
As doenças reumáticas e músculo-esqueléticas (DRM) representam, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de metade da prevalência de doenças crónicas em pessoas com idade acima dos 50 anos e são a categoria mais destacada no grupo de doenças crónicas não transmissíveis.