Felicitando os responsáveis políticos pela crescente preocupação perante o sofrimento dos portugueses e das suas famílias, a APCP sublinha que os projetos de lei sobre a despenalização da eutanásia “parecem esquecer os milhares de portuguesas e portugueses que nos solicitam viver de forma digna com o maior apoio possível para diminuir tal sofrimento”.
Ainda assim, a entidade realça a falta de investimento em recursos humanos e novos serviços, algo que não acontece noutros países europeus, com condições técnicas, científicas e humanas que a APCP observa “com satisfação”.
Nesse sentido, a APCP apela ao “apoio à formação dos profissionais, ao incentivo à criação de equipas comunitárias, ao reconhecimento e certificação dos profissionais de saúde, à particular atenção aos mais excluídos (4.ª idade, Pediatria, demência ou saúde mental) e ao apoio ao cuidador informal”, pode ler-se no documento.
Contudo, a instituição alia-se aos decisores políticos na cooperação pelo desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, esperando “o mesmo compromisso dos proponentes destes projetos de lei em cumprir inteiramente a Lei de Bases para os Cuidados Paliativos”, já que o exemplo deve surgir “por parte de quem lidera”, conclui.