Para o responsável, o aumento do número de casos reflete o sucesso do projeto no que toca à sensibilização dos profissionais de saúde para o diagnóstico da prática.
“Houve um maior número de registos na plataforma de dados de saúde, significa que há mais identificação e sinalização dos casos, e isso reflete uma maior capacitação dos profissionais de saúde para identificarem aquilo que são as consequências de uma mutilação”, reiterou a Prof. Doutora Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, acrescentando que, no entanto, as 68 ações de formação realizadas mostraram que os profissionais não conseguiam, muitas vezes, diagnosticar casos de mutilação.
Em 2019, deu-se a formação de 1176 profissionais de saúde e da educação para esta área a propósito do projeto “Práticas Saudáveis”, desenvolvido em cinco agrupamentos de centros de saúde na Área Metropolitana de Lisboa, nas zonas com maior população em risco. São estas Almada-Seixal, Amadora, Arco Ribeirinho, Loures-Odivelas e Sintra.
Para a secretária de Estado da Cidadania e Igualdade, os educadores são essenciais na deteção precoce de situações de risco, ao qual o secretário de Estado da Saúde acrescentou que a escola é o espaço de excelência para a promoção e sensibilização do tema.
Pretende-se alargar o projeto a mais áreas, incluindo, já em 2020, mais cinco agrupamentos dos centros de saúde de Cascais, Estuário do Tejo, Lisboa Central, Lisboa Ocidental e Oeiras, e Lisboa Norte.
Lançado em 2018, o projeto é coordenado em parceria entre a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e o Alto Comissariado para as Migrações.
Fonte: Lusa