Designado por 2019nCoV, o novo coronavírus trata-se de uma estirpe nova em humanos, cuja análise filogenética remonta a dezembro de 2019. Este vírus está relacionado com o coronavírus SARS (SARS-CoV) de 2003, encontrando nas células epiteliais do trato respiratório e gastrointestinal o alvo preferencial da infeção, razão pela qual a transmissão pode ocorrer através de gotículas respiratórias, via aérea, fomites e fecal-oral, informa a associação.
A SPMV acrescenta ainda que “a transmissão pessoa-a-pessoa de 2019-nCoV já foi confirmada, havendo surgimento de casos secundários entre profissionais de saúde”. Ainda assim, é necessária mais informação sobre a facilidade deste modo de transmissão, já que a “fonte original da doença ainda pode estar ativa e é, por enquanto, desconhecida”, realça a instituição.
A associação refere também que o número de óbitos tem vindo a aumentar “de dia para dia”, bem como os casos confirmados pela infeção pelo novo coronavírus, levando ao encerramento do aeroporto de Wuhan e à restrição de meios de transporte na cidade e zonas circundantes, tendo os veículos terrestres não essenciais sido proibidos de circular. Todos os casos registados em vários países asiáticos, na Austrália, nos Estados Unidos aa América (EUA) e na Europa demonstram “viagem à China, prévia ao início dos sintomas, ou contacto próximo com viajante com estada na China”, adianta o organismo.
Nesse sentido, “enquanto não estiverem cientificamente comprovadas questões epidemiologicamente fundamentais como a origem da infeção, as diferentes formas de transmissão, os períodos de incubação, a possibilidade de transmissão por portadores assintomáticos, as autoridades de vários países, incluindo Portugal, desaconselham a realização de viagens não essenciais à China”, conclui a SPMV na nota emitida.