“Sendo o Serviço Nacional de Saúde um dos melhores a nível mundial, não faz sentido que o acompanhamento e tratamento dos doentes com IC seja tão incompleto e tão pouco eficiente, como se revela atualmente, e sem uma estratégia eficaz de abordagem aos doentes. Temos diversas áreas da Cardiologia em que prestamos cuidados de saúde de elevada qualidade, como é o caso concreto da Via Verde Coronária ou a Via Verde para o AVC, e é necessário fazer também da insuficiência cardíaca uma prioridade nacional”, sublinha a Dr.ª Silva Cardoso, coordenadora do GEIC.
A responsável acrescenta que “esta desorganização nos cuidados e falta de eficiência se deve a um profundo desconhecimento em relação à doença, quer por parte da população em geral como até, possivelmente, de alguns setores da comunidade médica”, usando como evidência a sua taxa de mortalidade, “superior à dos cancros mais comuns, como mama, próstata, colón e leucemia”, conclui.
A insuficiência cardíaca tem um grande impacto no que toca os gastos na saúde, representando 2,6% da despesa pública. Segundo dados divulgados, esta foi a segunda maior causa de utilização de camas hospitalares em Portugal (182.512 dias de internamento), cerca do dobro dos números identificados para o enfarte aguado do miocárdio, com o número de internamentos a sofrer um aumento em 33% entre 2004 e 2012.
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