“Os cursos deste ano têm uma forte componente prática. Incidem na punção femoral guiada por ecografia e no acesso às artérias coronárias após VAP, em ambos os casos com simuladores que permitirão uma abordagem hands-on”, refere o Dr. João Brito, membro da comissão científica e organizadora.
“É também de destacar a atualização e a discussão que se vai realizar acerca dos resultados do registo nacional, que refletem o crescimento dos procedimentos de intervenção valvular percutânea no nosso país. Além de um espaço específico para as questões atualmente mais controversas no âmbito da intervenção valvular aórtica, teremos também uma interessante sessão de complicações, que gera sempre grande entusiasmo, discussão e constitui uma oportunidade única de aprendizagem”, acrescenta.
O responsável afirma que o principal desafio da área diz respeito ao “alargamento das indicações para intervenção valvular percutânea, especialmente no tratamento da estenose aórtica, que vai exigir uma capacidade de resposta apropriada e mobilização eficiente de recursos físicos e humanos para fazer face a uma patologia cuja história natural acarreta uma elevada mortalidade e morbilidade”, explica.
Ainda assim, o cardiologista de intervenção acredita que, num futuro próximo, “vamos assistir à consolidação das próteses aórticas percutâneas para o tratamento da estenose aórtica, com especial incidência nos doentes de baixo risco. Relativamente à intervenção mitral e tricúspide, o potencial de crescimento é enorme e haverá uma grande aposta quer na obtenção de evidência clínica robusta para seleção das melhores estratégias de intervenção, quer no desenvolvimento e otimização de dispositivos para técnicas de substituição e de reparação valvular”, conclui.
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