Segundo o Prof. Doutor Rodrigo Cunha, coordenador do projeto, “o MIA-Portugal visa responder à ‘armadilha’ do envelhecimento, resultante do aumento da esperança de vida que está diretamente ligado ao aumento do número de idosos com doenças crónicas. O envelhecimento é o principal fator de risco para doenças crónicas como a diabetes, Alzheimer, as doenças cardiovasculares, a osteoporose ou o cancro, as quais são tratadas de modo independente”, esclarece.
“A ideia é identificar as bases biológicas do envelhecimento e desenhar estratégias novas que diminuam o processo de envelhecimento de modo a atrasar ou suprimir em simultâneo as várias doenças crónicas associadas ao envelhecimento. O objetivo não é aumentar a esperança de vida, mas sim aumentar a qualidade de vida da pessoa idosa”, acrescenta.
A atividade do instituto estará direcionada não só para a promoção de conhecimento, mas também para a exploração clínica e empresarial, tendo como objetivo desenvolver novas estratégias profiláticas e terapêuticas para atenuar a incidência e desenvolvimento de doenças crónicas associadas ao envelhecimento. Para além disso, o organismo pretende desenvolver novas metodologias de promoção de qualidade de vida do idoso.
Já os seus grupos de investigação, irão desenvolver a sua atividade científica de investigação clínica em consórcio com grupos de parceiros internacionais, entre os quais Groningen Medical School, Newcastle University, Mayo Clinics e University of Copenhagen, procurando identificar os mecanismos biológicos responsáveis pelo processo de envelhecimento, responsável pelo aparecimento de diversas doenças crónicas.
Pensado com o objetivo de promover e sustentar o envelhecimento saudável e ativo, o MIA-Portugal é financiado pela União Europeia (UE), com comparticipação da UC e da CCDRC num montante de 49 milhões de euros, dos quais 15 milhões são investimento direto do programa Teaming da UE.
A aprovação da UE decorre do reconhecimento na área biomédica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, dos Hospitais da Universidade de Coimbra, do Centro de Neurociências e Biologia Celular, assim como do Instituto Pedro Nunes e do Biocant.