“Agenda Estratégica para o Futuro da Medicina de Precisão em Portugal” apresentada hoje

11/12/19
“Agenda Estratégica para o Futuro da Medicina de Precisão em Portugal” apresentada hoje

O Auditório da Ordem dos Médicos, em Lisboa, é o palco da apresentação da “Agenda Estratégica para o Futuro da Medicina de Precisão em Portugal”, bem como de um plano de iniciativas a propor às autoridades competentes para tornar esta abordagem uma realidade em Portugal. A iniciativa apresentada hoje, dia 11 de dezembro, é o resultado da colaboração entre a Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH) e a Ordem dos Médicos (OM), com o apoio técnico da EY.

 

A agenda estratégica apresentada propõe um plano de iniciativas realizado num período de quatro anos, entre 2020 e 2023, no qual se inclui a realização de dois projetos-piloto, em instituições hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Um dos projetos terá como objetivo a integração dos dados de saúde, nomeadamente dados clínicos, genómicos, de imagiologia médica e fornecidos pelos doentes, e o desenvolvimento de algoritmos de suporte à decisão clínica. Já o segundo projeto-piloto, por sua vez, visa assegurar o acesso dos cidadãos a tratamentos personalizados, bem como o desenvolvimento de um modelo de financiamento sustentável.

As recomendações dividem-se em cinco grandes objetivos, entre os quais melhorar os resultados clínicos através do acesso a cuidados de saúde personalizados mediante diagnósticos e tratamentos inovadores, a implementação de uma estrutura de dados nacional de suporte para guiar a prática clínica, garantir a sustentabilidade financeira na implementação da medicina de precisão, já que serão necessárias alterações nas terapêuticas, técnicas e sistemas informáticos, promover a inovação na área de Medicina de Precisão e ainda reforçar a participação do cidadão na sua saúde, através da promoção da literacia em saúde e da medicina personalizada.

"Na essência da relação médico-doente tem estado sempre a individualização dos cuidados que prestamos. A Medicina de Precisão vai permitir dar um passo ainda maior neste caminho, sendo que estamos certos que a liderança clínica vai ser essencial para garantir a qualidade e segurança dos tratamentos. Mas para isso é preciso que o financiamento seja preparado para uma nova realidade nas nossas instituições”, afirma o bastonário da Ordem dos Médicos, o Prof. Doutor Miguel Guimarães.

Já o Dr. Alexandre Lourenço, presidente da APAH, acrescenta: “O sistema de saúde enfrenta um conjunto de desafios que apenas podem ser ultrapassados através de modelos de participação que congreguem opiniões, esforços e vontades. A Medicina de Precisão está certamente entre os desafios mais relevantes. É nossa convicção que Portugal ainda vai a tempo de desenvolver um modelo sustentável que permita garantir melhores resultados de saúde para os doentes, e o crescimento económico, através da promoção de investigação e a inovação nesta área”, conclui.

 

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