O tratamento foi feito através de uma intervenção cirúrgica, na qual as células estaminais foram injetadas no local da lesão. Verificou-se que a cartilagem de ambos os jovens se regenerou, apresentando características semelhantes às da cartilagem original. Esta é uma das principais vantagens do produto celular aplicado, o Cardistem, desenvolvido pela empresa de biotecnologia sul-coreana Medipost, e aprovado pela entidade reguladora sul-coreana desde janeiro de 2012. Ainda que outros tratamentos também promovam a regeneração da cartilagem, normalmente verifica-se o desenvolvimento de um tecido mais fibroso e de menos qualidade do que o analisado no estudo.
De acordo com o estudo, os jovens iniciaram fisioterapia quatro dias após a cirurgia, e voltaram à prática de exercício físico de baixa intensidade seis mesos após a mesma. Ao fim de um ano, foi possível voltarem a praticar a sua modalidade desportiva. Dois anos depois da terapêutica, a pontuação do índice de avaliação da função do joelho de ambos os jovens subiu de cerca de 20, um patamar de função comprometida, para próximo de 100, na qual a recuperação se pode considerar completa.
No que diz respeito à dor, numa escala de 0 a 10, em que 0 significa sem dor e 10 o máximo de dor, um dos jovens classificou a sua dor como 10 antes da terapêutica, passando para 1 um ano após o tratamento, e para 0 após dois anos. Quanto ao segundo jovem, a sua dor passou de uma classificação inicial de 6 para 0, meio ano após a intervenção.
A osteocondrite dissecante do joelho, patologia geralmente de origem desconhecida, dá-se quando há uma degradação do osso que está abaixo da cartilagem do joelho, normalmente afetando também a cartilagem. Podendo ser consequência de um traumatismo, a dor na articulação é o seu principal sintoma. Se não for tratada, a dor pode levar ao aparecimento precoce da patologia, associada à incapacidade crónica.