“Os biomarcadores podem ajudar a avaliar a eficácia do uso de determinado tratamento e as combinações de terapêuticas possíveis. Num cancro como o do ovário, em que 80% das mulheres diagnosticadas está numa fase avançada e em que 85% das mulheres vão ter uma recidiva a dois anos, torna-se essencial mudarmos o paradigma de tratamento, para sermos o mais bem-sucedidos possível na redução de recidivas da doença”, explica a Dra. Noémia Afonso, oncologista do Hospital de Sto. António.
Já a Dra. Rosana Cajal, diretora médica da GSK Portugal, afirma que a iniciativa irá atuar como uma ponte entre a indústria farmacêutica e os profissionais de saúde, de modo a explorarem formas de colaboração mais próximas: “queremos, essencialmente, ouvir os profissionais de saúde, compreender as suas necessidades e encontrar caminhos para estabelecer parcerias sinérgicas, que se traduzam em outcomes positivos para os doentes”, reitera.
A intervenção da GSK prende-se ainda com temas como o tratamento de manutenção em cancro do ovário após recorrência, o que mais poderá ser feito quanto ao tratamento de manutenção, e ainda considerações quanto a perspetivas futuras.
Cerca de 300 mil mulheres são diagnosticadas com cancro do ovário anualmente, a oitava causa mais frequente de morte por cancro entre as mulheres. Ainda que a quimioterapia tenha uma alta taxa de sucesso, cerca de 85% das mulheres terão uma recidiva no espaço de dois anos. Os tratamentos em estádios tardios são poucos, com a proporção de doentes que atingem uma resposta geral normalmente inferior a 10%, quando recorrendo à quimioterapia.