"É urgente agir!", foi este o mote das 1.ªs Jornadas Nacionais de Prematuridade - Pais e Profissionais juntos pela mesma causa, que decorreu no passado fim-de-semana, em Coimbra.
Na presença de uma representante da Direção-Geral de Saúde, pais, médicos e enfermeiros, os quais alertaram para a situação da deterioração das condições necessárias à prestação dos cuidados a estes bebés que nascem prematuros, como por exemplo: encerramento do número de vagas nas unidades de neonatologia, a redução do número de enfermeiros por turno; aumento da carga horária para médicos e enfermeiros e a dificuldade de retorno dos bebés para o hospital de origem, o mais perto possível da residência dos pais, etc.
Se em Portugal não forem tomadas medidas urgentes nesta área, em poucos anos, perderemos o estatuto de estar entre os melhores da Europa, com tudo o que isto implica para os bebés prematuros, para os seus pais e as suas famílias, tendo enorme impacto ao nível social e económico.
No encontro, foi ainda apresentado o projecto europeu de standarização dos cuidados de saúde ao recém-nascido e dados os primeiros passos para a sua implementação em Portugal, que se prevê começar em 2020.
Prematuridade em Portugal
Em Portugal, nascem por ano cerca de oito mil bebés prematuros e 10% ficam internados, em média, 60 dias em Unidades de Cuidados Intensivos. Oito em cada 100 bebés nascem com menos de 37 semanas de gestação, e 1% dos recém-nascidos tem menos de 1.500 gramas. Os prematuros representam 1/3 da mortalidade infantil no nosso país. As crianças que nascem antes do tempo têm problemas específicos que exigem apoios especializados.