As exportações da área da Saúde cresceram assim a um ritmo superior à restante economia uma vez que, em comparação com o ano anterior, as exportações portuguesas no primeiro semestre tiveram um crescimento de 2,9%.
Estes números reforçam a importância do setor da Saúde em Portugal, que representa um volume de negócios anual na ordem dos 30 mil milhões de euros e um valor acrescentado bruto de cerca de 9 mil milhões, envolvendo perto de 90 mil empresas e empregando quase 300 mil pessoas.
A relevância do setor quer a nível interno, quer no contributo que tem para as exportações foi reconhecido pelo governo que, através do Ministério da Economia, assinou, em março último, com o Health Cluster Portugal (HCP), um pacto de competitividade e internacionalização para a Saúde.
Este pacto é um importante instrumento para a concretização dos objetivos estratégicos do HCP, que definiu, até 2025, ultrapassar os 2,5 mil milhões de euros de exportações em saúde e triplicar o valor dos ensaios clínicos realizados em Portugal, de 50 para 150 milhões de euros, e o número de doutorados a trabalhar em empresas da Saúde, passando de 250 para 750.
Entre os objetivos definidos nesta parceria contam-se, ainda, estimular a capacidade concorrencial entre as empresas do setor e antecipar e preparar a evolução das necessidades da indústria, designadamente em termos de competências e empregos.
Salvador de Mello, presidente do HCP, considera que os mais recentes dados sobre as exportações em Saúde “confirmam a importância e o potencial do setor na economia nacional e reforçam os objetivos definidos no pacto de competitividade e internacionalização. Enquanto polo agregador na área da saúde, o HCP congratula-se com esta evolução”.