Philips e NewsMuseum debatem os desafios futuros para Saúde, Jornalismo e Tecnologia

09/04/19
Philips e NewsMuseum debatem os desafios futuros para Saúde, Jornalismo e Tecnologia

Quem tem, afinal, o dever de informar em Saúde? A questão deu o mote para um debate que juntou médicos, jornalistas e representantes de entidades e organizações do setor da Saúde, hoje de manhã, no NewsMuseum, em Sintra.

 

Conscientes do papel e da responsabilidade que cada um pode ter no âmbito da literacia em Saúde, os vários intervenientes partilharam os desafios decorrentes da informação e comunicação em Saúde, num mundo marcado por uma crescente tendência tecnológica e de inovação.

Com os cidadãos cada vez mais consciencializados para a gestão da sua própria saúde, o potencial de tecnologias digitais – como a Internet das Coisas (ioT) – no plano da literacia em Saúde “é enorme”, de acordo com o coordenador da Divisão de Estilos de Vida Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS), Dr. Miguel Telo de Arriaga, na medida em que permite adequar a mensagem ao público-alvo, tornar as mensagens de saúde mais “apelativas” e “ir ao encontro das pessoas, onde elas estão”.

Já os médicos, salientou o Prof. Doutor António Vaz Carneiro, especialista em Medicina Interna e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), têm o dever de adequar a sua linguagem na transmissão da informação clínica aos seus doentes.

No plano da comunicação de massas, “informar em Saúde, sempre com base na evidência”, sublinhou. Um dos pressupostos incontornáveis para a comunicação da mensagem (de Saúde/científica ou de outra natureza) de forma relevante e compreensível é “uma relação saudável e de confiança entre jornalistas e fontes”, salientaram as jornalistas presentes no debate, Rute Peixinho e Dulce Salzedas, lamentando que a abertura das fontes para falar com a comunicação social seja, atualmente, limitada.

As repórteres da Agência Lusa e da SIC, respetivamente, alertaram para o impacto negativo que as fakenews podem ter num contexto “tão delicado” quanto é o da Saúde. A dimensão ética na transmissão de notícias não foi esquecida neste debate, com ambas as jornalistas a defenderem que ainda que seja um imperativo estarem atentas à atualidade científica e tecnológica, têm, à cabeça, um dever de serviço público, sendo que por vezes têm que optar por não noticiar uma inovação a que sabem que nem todos os portugueses vão ter acesso”.

Numa breve análise de custo-benefício, o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (APORMED), o Dr. João Gonçalves, salientou as vantagens que as novas tecnologias e a inovação em Saúde imprimem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), quer em termos de outcomes em Saúde, quer no que concerne à otimização de recursos e à sustentabilidade do SNS.

 

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