Quase metade dos adultos com mais de 25 anos dorme menos de seis horas por dia

01/03/19
Quase metade dos adultos com mais de 25 anos dorme menos de seis horas por dia

 O resultado de um inquérito da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho (SPMT) mostra que quase metade dos adultos com mais de 25 anos dorme menos de seis horas por dia. Na sequência do resultado, e a propósito do Dia Mundial do Sono, comemorado no dia 15 de março, a SPP quer provar que os portugueses não estão devidamente informados sobre a importância do sono na saúde. E é neste sentido que surge o lançamento da campanha "Põe o teu sono na agenda".

O inquérito veio comprovar que 46% dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dormem menos de seis horas por dia, 21% dizem que demoram mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram ter um mau sono e 40% reportam dificuldade em manter-se acordados durante a condução e outras atividades diárias.

“Apesar da crescente divulgação sobre a importância do sono e das doenças relacionadas com o sono, a maioria dos portugueses mantem maus hábitos de higiene do sono e não lhe atribui a mesma importância do que a uma nutrição saudável ou a prática de exercício físico regular”, afirmam a Dr.ª Susana Sousa e a Dr.ª Sílvia Correia, representantes da Comissão de Trabalho.

Na sequência dos resultados, a CT de Patologia Respiratória do Sono dá continuidade à campanha “Põe o teu sono na agenda”, cujo objetivo passa por promover um estilo de vida saudável e divulgar a importância do sono.

Os resultados do inquérito revelam ainda que 21% dos inquiridos tem insónia inicial, demorando mais de 30 minutos para adormecer, 32% consideram o seu sono razoavelmente mau ou mau, e 40% referem, pelo menos, um episódio, no último mês, de dificuldade em manter-se acordados enquanto conduziam, durante as refeições ou em atividades sociais. Estes dados revelam que “portugueses dormem mal e isso pode trazer consequências potencialmente graves para a saúde”, referem as pneumologistas.

“A má higiene do sono afeta negativamente a qualidade de vida em termos de perda de memória, sonolência acentuada, défice de concentração, irritabilidade e alteração do humor. A sonolência associada a esta má higiene do sono aumenta o risco de acidentes de viação e de acidentes de trabalho. Se o número de horas de sono for inferior ou igual a 5 horas, o risco cardiovascular também aumenta”, acrescentam.

O Dr. Jorge Barroso Dias, presidente da SPMT, reforça ainda que “é necessário programar o tempo de sono suficiente antes do trabalho. Os jogos, televisão, internet e redes sociais também são dependências crescentes nos trabalhadores portugueses, com grande prejuízo das horas e qualidade de sono. Ir trabalhar com sonolência, além de não ser saudável, provoca erros, incompetência e mal-estar no trabalho”.

Perante esta realidade, este ano, a campanha é reforçada divulgando, junto dos portugueses, as conclusões do questionário elaborado - com o objetivo de destacar a mensagem da importância de um sono em quantidade e qualidade para uma vida saudável.

Os interessados na campanha podem consultar os cartazes nesta pdfligação.

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