A sessão de esclarecimentos acontece uma vez por ano e serve para alertar os participantes de que o AVC, embora que prevenível e tratável, continua a ser a doença que mais mata em Portugal. A cada hora que passa, três portugueses sofrem um AVC, um dos quais não sobrevive. Dos restantes, metade ficará com sequelas incapacitantes. Assim, “a aposta na prevenção é o caminho necessário para o combate ao AVC”, salienta o Prof. Doutor Castro Lopes, presidente da Direção da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC).
O Prof. Doutor Castro Lopes considera que “está nas mãos da população controlar os fatores de risco cerebral, como a hipertensão arterial, a diabetes, o tabagismo, a fibrilhação auricular, a obesidade, entre outras, adotando medidas de prevenção que passam por estilos de vida mais saudáveis”, pode ler-se no comunicado divulgado à comunicação social.
Para além da prevenção, a população pode ter também um papel ativo no tratamento do AVC. "Se as pessoas souberem reconhecer os sinais de alerta do AVC, os chamados 3 F’s (falta de Força num braço, desvio da Face e dificuldade na Fala) e, perante o aparecimento de um deles, ligar de imediato o 112, será possível encaminhar os doentes rapidamente para os hospitais capazes de fornecer os tratamentos adequados”, acrescenta o especialista, considerando que a informação é o primeiro passo para agir corretamente.
Na formação, após a introdução do presidente da SPAVC, sobre prevenção e tratamento do AVC, a médica e nutricionista Dr.ª Sandra Alves apresentará o tema “Eduque a sua alimentação. Saiba como”. A especialista reconhece a centralidade do tema, uma vez que “a alimentação é o fator que mais contribui para a saúde dos portugueses em termos de ganhos em anos de vida”.
De seguida, o presidente da Portugal AVC – Associação de Sobreviventes, Familiares e Amigos, descreverá “as vantagens de uma associação de doentes a nível nacional”. António Conceição avança que “a ação desta entidade associativa, os três vetores principais de atuação (informação, simples mas qualificada; o levar a voz dos sobreviventes; a ajuda mútua em diversas vertentes), os serviços disponibilizados e as atividades mais significativas, farão parte da intervenção na sessão de informação aberta ao público a encerrar o Congresso do AVC”.
A entrada para a sessão é livre e não sujeita a inscrição. “Apelo à população que apareça pois vale a pena aprender a defender-se de a vir a sofrer um AVC”, convidou o Prof. Doutor Castro Lopes.