Como principal objetivo, o Congresso pretende ser “uma atualização nas várias vertentes, desde a investigação à clínica”, explica a Prof.ª Doutora Paula Freitas. Como afirma a presidente da SPEO, o lema da edição deste ano rege-se pela prioridade de “ter uma ideia concreta do impacto económico da obesidade em Portugal, para depois serem delineadas estratégias para reduzir estes custos a longo prazo”.
Por sua vez, o presidente da Comissão Organizadora, Dr. António Albuquerque, espera que esta seja uma reunião entre todos os especialistas, para atingir o grande objetivo de “reduzir o peso desta epidemia”.
Neste sentido, o programa do Congresso prevê que sejam apresentados diversos protocolos úteis na prática clínica diária dos especialistas.
“Protocolos de tratamento não cirúrgico da obesidade, com a colaboração da Psicologia e Psiquiatria, Nutrição, fisiologistas do exercício físico e endocrinologistas”, “protocolo de diagnóstico e tratamento das hipoglicemias após cirurgia bariátrica” e “orientação nutricional e terapêutica farmacológica da diabetes após cirurgia bariátrica”, enumera o Dr. António Albuquerque.
A SPEO, enquanto entidade promotora do encontro, afirma-se como consciente das necessidades dos doentes portugueses, trabalhando no sentido de colmatar as principais falhas atuais. “De facto, a obesidade tem uma maior prevalência nas classes sociais mais desfavorecidas e esses não têm recursos económicos para a aquisição de fármacos”, refere a Prof.ª Doutora Paula Freitas.
Desta forma, adianta, é fundamental ter em conta o impacto económico da doença, “já que o não tratamento atempado da obesidade tem implicações diretas na ocorrência de múltiplas outras doenças e consequentes necessidades de tratamentos adicionais”.
Com um “programa bastante rico e diversificado”, o presidente da Comissão Organizadora espera “um congresso de elevada qualidade”, que vá ao encontro das expectativas dos “mais de 400 participantes”.