Num comunicado divulgado à comunicação social, a Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) considera que a promoção de Portugal para nível quatro (evidência de provisão generalizada, disponibilidade de formação e planos para o desenvolvimento de serviços e integração nos serviços de saúde) legitima o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos em virtude do reconhecimento das necessidades paliativas em Pediatria. A APCP fala de um “esforço conjunto do Grupo de Apoio à Pediatria da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos e do Grupo de Trabalho de Cuidados Continuados e Paliativos da Sociedade Portuguesa de Pediatria”, constituídos em 2013.
“O trabalho destes grupos encontrou eco no Ministério da Saúde, em particular junto dos anteriores Secretários de Estado Adjuntos, Dr. Fernando Leal da Costa e Dr. Fernando Araújo, assim como na Comissão Nacional de Cuidados Paliativos nomeada em 2016”, comenta a Dr.ª Ana Lacerda, vice-presidente da APCP e coordenadora dos grupos referidos.
“Somos igualmente um dos poucos países a nível mundial que dispõem de formação presencial avançada em cuidados paliativos pediátricos (pós-graduação criada em 2012, na Universidade Católica Portuguesa, Lisboa)”, explica ainda a Dr.ª Ana Lacerda.
“Agora que Portugal se encontra no nível quatro é essencial que o desenvolvimento de serviços se faça assegurando a qualidade dos cuidados prestados, dentro das inevitáveis limitações de recursos”, acrescenta.
O presidente da APCP, Dr. Duarte Soares, acredita que a “divulgação e aderência aos princípios recomendados constituirão uma ajuda para a continuação do trabalho que tem sido desenvolvido no país pelas associações e sociedades médicas, em estreita colaboração com o Ministério da Saúde”.
Importa agora continuar a desenvolver serviços e a promover a educação dos profissionais e da sociedade, com a ambição de atingir o nível cinco (integração plena nos serviços de saúde, com política nacional, conclui a APCP.