A maioria dos estudantes considera que ter uma doença mental é diferente de ter uma doença física (66,7%) e, perante a afirmação “se estivesse à frente de um processo de recrutamento para um emprego, saber que a pessoa teve ou tem uma doença mental iria interferir na minha decisão”, mais de 20% admitem que sim. Segundo dados recentes, 42,7% dos portugueses já sofreram de uma doença psiquiátrica em algum momento da sua vida e 1 em cada 5 sofre actualmente.
Os inquiridos consideraram que os meios de comunicação social são um dos principais responsáveis na promoção do estigma existente relativamente à doença mental, especialmente pela forma como caracterizam os doentes mentais e as instituições de psiquiatria em novelas, filmes e séries. A falta de debate pelos agentes políticos nesta matéria foi também referenciada, salientando-se a necessidade de literacia em saúde mental. No Inquérito, realizado entre 21 de maio e 31 de julho de 2018, participaram estudantes com uma idade média de 23 anos, feminizado (86,3% são mulheres), sendo que 46,5% da amostra reside nos distritos de Lisboa e Porto e 53,8% frequenta cursos relacionados com a área da saúde. Aceda aqui ao estudo.
A conferência, que discutiu vários tópicos ligados ao estigma sob a perspectiva de especialistas, doentes e famílias, contou com a participação de várias conhecidas como o Prof. Doutor Daniel Sampaio e as Dr.ªs Áurea Ataíde e Natália Costa (psicóloga na Encontrar+se).