O programa inclui exercício físico monitorizado no domicílio, fundamental para a gestão da patologia, nomeadamente para a redução da dor e para a melhoria funcional. Para além disso, o CHL explica em comunicado que a plataforma de reabilitação motora "permite ao utente realizar o tratamento prescrito no conforto do seu domicílio, por se basear nos princípios de biofeedback, sendo que os movimentos do doente são digitalizados utilizando sensores de movimento". A informação é processada para providenciar feedback em tempo real ao doente sobre o seu movimento, por intermédio de uma aplicação móvel. Desta forma, a tecnologia permite ao doente realizar sessões de reabilitação motora sem necessidade de supervisão constante por parte do seu terapeuta.
A tecnologia, nunca até hoje utilizada no Serviço Nacional de Saúde (SNS), inclui ainda uma plataforma online que permite à equipa clínica prescrever, monitorizar e alterar remotamente os programas de reabilitação de cada utente, possibilitando assim uma gestão à distância, evitando deslocações do doente ao serviço hospitalar.
O programa de telerreabilitação está neste momento em fase de seleção de doentes a partir da lista de espera para fisioterapia no Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do CHL. Os doentes que preenchem os critérios estão a ser reavaliados em consulta externa no CHL, onde lhes é prescrito um programa de exercício terapêutico para ser realizado autonomamente em casa. Um fisioterapeuta da Sword Health acompanha o doente em todo o processo, nomeadamente na instalação do sistema em sua casa, no ensino na utilização do programa, no acompanhamento do seu progresso, e na avaliação da sua satisfação e qualidade de vida. O acompanhamento é feito preferencialmente através de chamadas telefónicas, com deslocação ao domicílio do utente sempre que necessário.
Após a inclusão de todos os doentes em lista de espera que cumpram os critérios de inclusão e que aceitem este plano terapêutico domiciliário, serão recrutados doentes a partir dos cuidados de saúde primários.
O programa de telerreabilitação permite acompanhar 30 doentes em simultâneo, sendo que os tratamentos em domicílio duram em média cerca de um mês, com regime de cinco a sete dias de tratamento por semana.
Desde o início do mês de março há oito doentes em tratamento, prevendo-se a inclusão de cerca de dez doentes por semana. Estima-se que este programa inovador possa chegar a 400 doentes em 2018.