Apesar de praticamente metade dos consumidores afirmarem que usam regulamente vários dispositivos digitais em simultâneo, e a maioria garantir que aumentou a utilização de destes aparelhos em relação ao ano anterior, tendência que deve manter-se no futuro, o estudo divulgado pela Novartis mostra que apenas 30% dos inquiridos sabem o que é a síndrome do olho seco.
Nesta investigação, os consumidores relataram ter sintomas como olho seco, irritação, visão turva, fadiga ocular e dores de cabeça após duas horas a olhar para um ou mais dispositivos digitais: a dor de cabeça foi o sintoma mais comum, apontado por 55% dos consumidores.
Conforme explica a Novartis em comunicado de imprensa, a síndrome visual dos computadores é um problema de saúde pública emergente, epidémico e global, que afeta entre 60 a 90% dos utilizadores de computador e é uma das principais causas de olho seco. Por sua vez, a síndrome do olho seco manifesta-se em 25% da população mundial, “sendo mais frequente na mulher e no idoso”, lê-se no documento. Em Portugal, cerca de 33% das pessoas com mais de 65 anos sofrem desta patologia.
O estudo desenvolvido com o objetivo de avaliar a perceção dos utilizadores quanto às consequências do contacto prolongado com ecrãs revela que a maioria dos entrevistados (64%) não está familiarizada com os sintomas da síndrome visual do computador, nem preocupada com os efeitos do uso prolongado destes dispositivos. A maioria garante que é obrigada a usar dispositivos digitais durante quatro ou mais horas diárias e que a entidade patronal não oferece qualquer formação para minimizar a síndrome visual do computador.
O estudo foi realizado entre fevereiro e março do presente ano, pela Novartis, em colaboração com o Prof. Doutor Esen Akpek de Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.