Em Portugal, apenas 8% dos doentes com enfarte do miocárdio têm acesso a um programa de reabilitação cardíaca. O governo definiu como meta os 30%, valor que pretende atingir até 2020, aproximando o país da taxa média de participação europeia que já é superior a esta percentagem. Para tal, o ministério da Saúde vai pôr em prática um programa nacional de reabilitação cardíaca, formalizado esta manhã, data em que se assinalou o Dia Mundial do Coração.
De acordo com o secretário de Estado Adjunto e da Saúde o projeto-piloto já iniciado mostra que a proximidade entre os doentes, os Cuidados de Saúde Primários e os especialistas hospitalares “tem ganhos”, devendo agora ser ampliados.
O relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares revela que as estratégias preventivas e a melhoria dos diagnósticos, nas áreas do enfarte agudo do miocárdio e do AVC, permitiram atingir, em 2015, uma proporção de óbitos de doenças cardiovasculares de 29,7%, um dos melhores valores das últimas décadas. O grande destaque vai para a redução das mortes por AVC, que em 2015 atingiu menos 1.440 pessoas que em 2013.