De acordo com o Prof. Doutor Armando Mansilha, é de esperar que a 18.ª Reunião Anual do EVF venha a ter “uma das maiores assistências dos seus 18 anos de história”, contando receber “mais de 700 congressistas de todo o mundo” – fundamentalmente, especialistas em Angiologia e Cirurgia Vascular e da área da Flebologia, mas também de Cirurgia Geral, Dermatologia e Medicina Geral e Familiar (MGF).
Na qualidade de uma das maiores sociedades científicas mundiais na área da Flebologia, o EVF traduz, regularmente, as guidelines que são publicadas na revista internacional Angiology – “a principal referência para as boas práticas neste campo da Medicina, de acordo com a evidência”. “As últimas recomendações, de 2014, estão neste momento em revisão pelo Executive Committee do EVF – que, em março, realizou uma reunião preparatória sobre esta mesma matéria”, revela o especialista.
A grande relevância científica do EVF é também patente na participação ativa que altos representantes (em alguns casos, os seus presidentes) das maiores sociedades científicas internacionais na área da Flebologia têm no programa científico desta 18.ª Reunião. Com efeito, o EVF conta com as participações da International Union of Phlebology; do American Venous Forum; do American College of Phlebology; do Latin-American Venous Forum; da European Society for Vascular Surgery; do Multidisciplinary Joint Committee of Phlebology da UEMS (sigla do francês Union Européenne des Médecins Spécialistes); além da Sociedade Japonesa de Flebologia, das sociedades Brasileira e Espanhola de Angiologia e Cirurgia Vascular e – como não podia deixar de ser – da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular.
Ao longo dos três dias de trabalho estarão em foco o estado da arte e os principais estudos a decorrer “em doença venosa crónica, no tratamento com fármacos venoativos e as suas indicações clínicas, em novas técnicas para a cirurgia de varizes, temas específicos da cirurgia venosa superficial e da cirurgia venosa profunda, a compressão elástica e também, entre outros temas, a utilização dos novos anticoagulantes orais de ação direta no tratamento da trombose venosa profunda”.
Da interação que o programa científico promove mais especificamente com a MGF – especialidade cuja importância o Prof. Doutor Armando Mansilha faz questão de realçar, no diagnóstico, no tratamento e na referenciação dos doentes com patologia venosa – o presidente do 18th Annual Meeting of the EVF salienta a sessão “REVEAL CEAP. A promissing tool for GPs” – que o próprio vai ministrar. Nesta sessão será formalmente apresentado, “pela primeira vez, um importante estudo epidemiológico a realizar em Portugal e no qual será fulcral o envolvimento da MGF”.
Sobre as diversas novas técnicas minimamente invasivas para a cirurgia de varizes que têm vindo a surgir, o cirurgião vascular sublinha a importância de “determinar qual a melhor estratégia, o melhor cateter e o melhor dispositivo para o caso concreto de cada doente”. Nesta procura, contudo, “a evidência aponta para a inexistência de diferenças significativas em termos de eficácia dos novos dispositivos – sendo que alguns dos que carecem de prova de serem mais eficazes são, todavia, substancialmente mais caros. Não é lícito comparticipar dispositivos mais caros e que obtém os mesmos resultados clínicos que outros menos caros. Não é uma questão de redução de custos, mas sim da sua racionalização”, assinala o Prof. Doutor Armando Mansilha – frisando que esta discussão irá com certeza perpassar a apresentação destas novas técnicas minimamente invasivas para a cirurgia de varizes.
A 18.ª edição da Reunião Anual do EVF vai também contar com várias sessões dedicadas à apresentação de uma seleção dos melhores trabalhos de investigação produzidos nesta área do conhecimento, ao nível europeu.
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