Entre 2000 e 2014, cerca de 167 mil mulheres foram submetidas a histerectomias em Portugal, sendo que o estudo publicado revela que em 15 anos o número anual de histerectomias em Portugal diminuiu quase 20%.
O Dr. Daniel Pereira da Silva, ginecologista no Instituto Médico de Coimbra, justifica o decréscimo do recurso a estas cirurgias no tratamento de miomas uterinos com o facto de “a classe médica estar a acompanhar a evolução farmacológica, como por exemplo a utilização do acetato de ulipristal, que permite em alguns casos evitar a histerectomia ou facilitar a realização de uma intervenção cirúrgica menos invasiva que conserve o útero”.
Os miomas uterinos, uma doença que afeta mais de 2 milhões de mulheres em Portugal, são mesmo considerados a quinta causa mais frequente de internamento hospitalar por causas ginecológicas não relacionada com a gravidez e a principal causa da realização de histerectomias (cerca de 45%).