Histerectomias por miomas uterinos diminuem 39% em 15 anos

22/12/16
Histerectomias por miomas uterinos diminuem 39% em 15 anos

Um estudo da autoria de ginecologistas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) revela que, ao longo dos últimos 15 anos, houve um aumento da idade média das mulheres submetidas a remoção do útero e uma redução nos dias de internamento hospitalar. Apesar de terem diminuído 39,2%, os miomas uterinos continuam a ser a principal causa e foram responsáveis por cerca de 75 mil histerectomias nos hospitais públicos em Portugal.

Entre 2000 e 2014, cerca de 167 mil mulheres foram submetidas a histerectomias em Portugal, sendo que o estudo publicado revela que em 15 anos o número anual de histerectomias em Portugal diminuiu quase 20%.

O Dr. Daniel Pereira da Silva, ginecologista no Instituto Médico de Coimbra, justifica o decréscimo do recurso a estas cirurgias no tratamento de miomas uterinos com o facto de “a classe médica estar a acompanhar a evolução farmacológica, como por exemplo a utilização do acetato de ulipristal, que permite em alguns casos evitar a histerectomia ou facilitar a realização de uma intervenção cirúrgica menos invasiva que conserve o útero”.

Os miomas uterinos, uma doença que afeta mais de 2 milhões de mulheres em Portugal, são mesmo considerados a quinta causa mais frequente de internamento hospitalar por causas ginecológicas não relacionada com a gravidez e a principal causa da realização de histerectomias (cerca de 45%).

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