Durante uma visita à Unidade de Saúde Carlton Life, no Porto, o médico defendeu que a reabilitação deve começar ainda no hospital, no primeiro dia após o evento, e só deve terminar quando o doente recuperar a sua autonomia.
“Infelizmente, apenas uma pequena percentagem dos doentes tem acesso às Unidades de Reabilitação, outra pequena parte é referenciada para Unidades de Cuidados Continuados Integrados e a grande maioria sai do hospital diretamente para casa”, referiu o presidente da SPAVC, sublinhando que a reabilitação ainda é o ponto fraco da abordagem dos doentes com AVC.
Atualmente, o Sistema Nacional de Saúde não tem unidades de reabilitação suficientes para dar cobertura a toda a população que delas necessita, daí as desigualdades de acesso a este tipo de acompanhamento.
Na perspetiva do especialista, estas falhas no seguimento dos doentes com AVC devem-se aos elevados custos associados a este tipo de cuidados. No entanto, o Prof. Doutor José Castro Lopes lembrou que “os custos para os sistemas de saúde e para a economia nacional serão sempre mais elevados se os doentes não recuperarem a sua vida ativa e se ficarem dependentes de cuidadores e de cuidados de saúde permanentes”.