Mortalidade por doenças cérebrocardiovasculares atinge valor mais baixo de sempre

19/04/16
Mortalidade por doenças cérebrocardiovasculares atinge valor mais baixo de sempre

De acordo com dados do Programa Nacional das Doenças Cérebro-Cardiovasculares, a mortalidade por doenças cérebro-cardiovasculares atingiu em 2013 um valor de 29,5%, mantendo uma trajetória de descida nas últimas três décadas. De salientar que em 1988, Portugal registava um valor de 44,4%.

Apesar desta evolução positiva, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) recorda que as doenças cérebrocardiovasculares continuam a ocupar o 1.º lugar nas causas de morte dos portugueses com idade inferior a 70 anos.

As doenças cérebrocardiovasculares incluem as doenças cardiovasculares (doença cardíaca isquémica ou doença coronária) e as doenças cerebrovasculares (AVC isquémico ou trombótico).

Em Portugal, ao contrário dos restantes países europeus, as segundas (cerebrovasculares) são responsáveis pela maior percentagem (2/3) da mortalidade por doença cérebrocardiovascular. Comparando as estatísticas nacionais com as de outros países europeus, verificam-se das mais reduzidas taxas de mortalidade por cardiopatia isquémica e das mais elevadas por AVC.

Esta disparidade em relação à Europa pode ser explicada pelo deficiente controlo da hipertensão arterial na população portuguesa e, em menor grau, pelas baixas taxas de anticoagulação na fibrilhação auricular.

Em comunicado, a SPC descreve como “assinalável o caminho percorrido, uma vez que reduzimos de valores de mortalidade cardiovascular nas últimas três décadas, muito graças aos esforços realizados com campanhas de prevenção, educação e consciencialização da população que foram sendo lançadas ao longo dos anos”.

As doenças cardiovasculares são um dos temas que estarão em destaque no Congresso Português de Cardiologia 2016, que decorre entre os dias 23 e 26 de abril, no Tivoli Marina Hotel, em Vilamoura. Para mais informações, consulte a página oficial

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