A responsável sublinha a desigualdade no acesso aos cuidados de Reumatologia, alertando para a ausência de serviços dedicados em unidades hospitalares de grande dimensão.
O Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca, na Amadora, com mais de 650 mil utentes, não tem este serviço, tal como o Hospital Universitário de Santo António, no Porto, que serve mais de 317 mil utentes, exemplifica Arsisete Saraiva, lamentando a falta de resposta às necessidades dos doentes.
Durante a sua intervenção, a presidente da A.N.D.A.R. destacou ainda o impacto desta realidade no acesso à medicação inovadora. Ao contrário do que acontece noutras especialidades, em que a prescrição de medicamentos inovadores é feita por médicos especialistas, na Artrite Reumatoide pode ser feita por médicos “com experiência em tratar”, frisa, considerando esta prática insuficiente para garantir equidade e segurança no tratamento.
Recorda também uma proposta já apresentada, em colaboração com a Sociedade Portuguesa de Reumatologia e a Associação Nacional das Farmácias, para que os medicamentos biotecnológicos possam ser dispensados diretamente nas farmácias comunitárias, através do envio direto pelos laboratórios, evitando a obrigatoriedade de recurso à farmácia hospitalar — uma medida que, até agora, continua por implementar.