Cancro hereditário: mutações BRCA têm 50 % de probabilidade de passar aos descendentes

26/10/23
Cancro hereditário: mutações BRCA têm 50 % de probabilidade de passar aos descendentes

Para conversar sobre cancro hereditário, provocado pelas mutações BRCA, o segundo episódio do podcast “Viver com Cancro da Mama”, da Sociedade Portuguesa de Senologia (SPS), conta com a Dr.ª Gabriela Sousa, diretora do Serviço de Oncologia Médica do IPO Coimbra.

De acordo com o Guia “As mutações BRCA e o Cancro”, as mulheres que apresentem mutação germinativa BRCA1 apresentam uma probabilidade aumentada de desenvolver cancro da mama entre 65-80 % até aos 70 anos. Já na mutação germinativa BRCA2, o risco de cancro da mama está entre os 50 e os 75 % até aos 70 anos. Enquanto o risco na restante população ronda os 11 %. 

O cancro hereditário da mama por herança genética pode afetar famílias inteiras, já que qualquer portador destas mutações, nomeadamente BRCA1/BRCA2, seja homem ou mulher, tem 50 % de probabilidade de passar a mutação aos descendentes. Nesse sentido, destaca-se o papel que os testes de diagnóstico desempenham na descoberta atempada de novos casos.

A Dr.ª Gabriela Sousa deixa ainda conselhos para todos os sobreviventes de cancro da mama, nomeadamente aqueles as que foram “vitimas” de intervenções cirúrgicas e destaca o papel do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no suporte a estas pessoas, nomeadamente, na viabilidade das cirurgias plásticas. 

A campanha da SPS “Viver com cancro da mama” surge no seguimento da lançada em 2021, intitulada de “Viver depois do cancro da mama”.

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