A propósito do Dia Mundial do Cancro do Pulmão, que se assinala hoje, 1 de agosto, a SPP faz um alerta sobre os sintomas do cancro do pulmão e sublinha a importância do diagnóstico precoce pelo impacto na diminuição da mortalidade.
“[O rastreio] é recomendável a indivíduos entre os 50 e os 75 anos com um consumo de tabaco superior a 20 unidades/maço-ano e antigos fumadores há menos de 10 anos”, defendem as Dras. Gabriela Fernandes e Margarida Dias, médicas pneumologistas da SPP.
Mas a SPP recorda que apesar de o consumo de tabaco ser a principal causa associada a esta doença, há uma percentagem de cerca de 15 % dos doentes que é não fumadora, pelo que o diagnóstico precoce pode ficar comprometido.
“Pode verificar-se um atraso no diagnóstico. De um modo geral, os programas de rastreio não incluem esses fatores e, além disso, a população não está tão alerta para a possibilidade dessa ocorrência”, acrescentam as pneumologistas.
As especialistas indicam que a suspeita deve basear-se sempre na presença de fatores de risco, pelo que além do consumo de tabaco devem ser valorizados fatores como a exposição passiva ao tabaco, exposição a radão (em algumas zonas geográficas e profissões), exposições ocupacionais e historial familiar.
As pneumologistas destacam que “sintomas respiratórios prolongados – como tosse, expetoração e expetoração com sangue –, sintomas constitucionais para os doentes com doenças respiratórias prévias e modificação dos sintomas preexistentes” são alguns dos sinais aos quais também os profissionais de saúde, nomeadamente dos Cuidados de Saúde Primários, devem estar atentos.
A SPP defende, por fim, uma abordagem “sempre multidisciplinar, atendendo à complexidade crescente que a doença exige”, considerando “nucleares” as especialidades de Pneumologia, Oncologia, Radiologia, Cirurgia Torácica, Anatomia Patológica, bem como os Cuidados Paliativos.
Fonte: Lusa