Neste seguimento, a equipa da SPLS desenvolveu um conjunto de propostas para melhorar a estratégia nacional da luta contra o cancro, entretanto submetidas à Direção-Geral da Saúde (DGS) para apreciação. O grupo de trabalho da SPLS considera que o plano para os próximos anos segue “um alinhamento positivo de acordo com as diretrizes europeias”, mas que “a capacidade de monitorização de projetos tem ficado aquém” nos últimos anos.
Para esta equipa de especialistas, “não existe ou é omitido o apoio imprescindível aos afetados na área da saúde mental, assim como o apoio para lidar com as perdas, desesperança e luto, apesar da referência à constituição de equipas multidisciplinares”. Para isto, devem ser criados mecanismos de acompanhamento psicológico para a vítima, mas também para o cuidador.
A SPLS reafirma a ideia de se olhar para todo o ciclo de vida, conhecer-se os hábitos das várias gerações e reforçar-se o contributo da literacia em saúde noutras faixas etárias que não exclusivamente entre os adolescentes e jovens. A SPLS alerta igualmente para a necessidade de estudar e investigar ainda mais as doenças oncológicas, aconselhando a DGS a canalizar mais recursos para os investigadores e academias. “O cancro é uma doença que está sob investigação permanentemente”, destaca.
Para melhorar a eficácia da Estratégia Nacional da Luta Contra o Cancro 2021-2030, o grupo acredita também que os objetivos acordados deveriam ser monitorizados e avaliados por entidades externas à DGS. Para a SPLS, torna-se “evidente” a necessidade de criar equipas de trabalho especializadas para acompanhar os processos implementados nesta área.
A equipa da SPLS destacada para analisar e avaliar o documento é constituída pela Prof.ª Doutora Cristina Vaz de Almeida, Prof.ª Doutora Isabel Fragoeiro, Prof.ª Doutora Célia Belim e a Dr.ª Susana Ramos.