“Neste encontro, os médicos internistas vão poder ouvir de colegas com renome internacional, como foi desenvolvido o (point-of-care ultrasonography) POCUS em diferentes países, nomeadamente no Brasil, Espanha e Estados Unidos da América, por forma a ter bases para podermos discutir, ao longo do encontro, as especificidades do desenvolvimento de POCUS em Portugal no âmbito da Medicina Interna e da relação com as outras especialidades que usam a ecografia na prática diária”, antecipa o Dr. José Mariz, coordenador do NEEco da SPMI.
Em ambiente de colaboração e networking, o I Encontro Nacional do Núcleo de Estudos de Ecografia vai permitir aos profissionais da especialidade refletir sobre atuais e futuros desafios da prática clínica. A 24 e 25 de março, também na capital portuguesa, decorrerá o curso pré-encontro no âmbito da reunião nacional.
“Serão abordadas atualizações no âmbito da ecocardiografia no doente crítico, na ecografia reno-vesical no Serviço de Urgência e da aplicação da ecografia na abordagem inicial dos doentes com COVID-19”, referencia ainda o Dr. José Mariz, sublinhando que, durante o encontro, será ainda feita a “apresentação de casos clínicos e trabalhos científicos, onde POCUS foi crucial na integração e resolução do problema clínico ou como objeto de estudo em trabalhos de investigação clínica”.
A POCUS trata-se de uma técnica de diagnóstico segura e que permite o aperfeiçoar do processo de decisão na orientação do doente. Nos últimos anos tem-se registado um crescimento exponencial da ecografia à cabeceira do doente (point-of-care ultrasonography), junto dos Internistas a nível mundial e, Portugal mostra-se alinhado com a atual realidade.
“Dois aspetos são fundamentais para esse crescimento: por um lado, a evolução tecnológica permite o uso de ecografia à cabeceira do doente com aparelhos cada vez mais portáteis e com elevada qualidade de processamento de imagem em tempo real. Por outro lado, a crescente evidência científica, a partir de inúmeros trabalhos de investigação científica de qualidade, permite que o uso de ecografia à cabeceira do doente melhore o cuidado dos doentes, tornando mais eficiente o processo de decisão clínica e influenciando o desfecho do doente a nível da mortalidade e morbilidade”, conclui o Dr. José Mariz.