“Nesta região, passada a fase dos surtos nos lares, o resto é muito comum ao que aconteceu em todo o lado, com as áreas de atendimento a doentes respiratórios, com o Trace COVID – também tivemos alturas em que as unidades tinham centenas de doentes a seu cargo e, portanto, o consumo de tempo com as chamadas telefónicas e com as tarefas informáticas a elas associadas era muito grande”, recorda o especialista.
“O que temos vindo a perceber é que esta doença, mesmo em pessoas que tiveram sintomas ligeiros, na sua fase aguda, vai deixando algumas sequelas”, sublinha, exemplificando que há vários casos de doentes que, após 12 semanas, continuam com “algumas queixas”, sobretudo cansaço.
Questionado sobre o acompanhamento destas pessoas, assume que “ainda não se sabe bem” como será feito, mas prevê que venha a envolver uma “colaboração com a parte hospitalar e com a reabilitação respiratória”.
Neste âmbito, destaca que os médicos de família têm a vantagem de conhecerem bem os seus doentes, embora persista um problema de falta de tempo.
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