O objetivo foi abordar a gestão do doente cardiovascular e com fatores de risco, fazendo uma ponte entre a realidade vivida no último ano e aquele que será o cenário após a terceira vaga de COVID-19.
A reunião contou com três especialistas de Medicina Interna: o Dr. Francisco Araújo, do Hospital Lusíadas Lisboa, o Dr. Nuno Bragança, do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, e o Dr. Vítor Paixão Dias, do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho. A moderação ficou a cargo da jornalista Judite Sousa.
O webinar começou com uma análise aos serviços de Medicina Interna, durante a qual o Dr. Nuno Bragança afirmou que estes estiveram na linha da frente do combate à COVID-19, em conjunto com os de Infeciologia e Pneumologia. O especialista salientou, como principal dificuldade neste período, a falta de resposta de alguns serviços para doentes mais graves.
O Dr. Francisco Araújo focou o seu discurso na mudança e no desafio que a primeira vaga trouxe consigo, recordando que, quer nessa fase, quer nos picos seguintes, os “outros doentes desapareceram”, incluindo os com patologias cardiovasculares e acidentes cardiovasculares. Enquanto presidente eleito da Sociedade Portuguesa de Aterosclerose, falou ainda do panorama atual da doença.
“A pressão do Sistema Nacional de Saúde” foi um dos temas abordados pelo Dr. Vítor Paixão, que referiu que a pandemia do novo coronavírus veio “trazer à luz as fragilidades do sistema”. O também presidente da Sociedade Portuguesa de Hipertensão frisou o facto de a hipertensão ser “o principal fator de risco de morbimortalidade cardiovascular”, recuperando os números pré-pandemia e antecipando possíveis consequências que poderão surgir da crise económica que se avizinha.
A recuperação da atividade, os desafios encontrados no diagnóstico, no acompanhamento e no tratamento dos doentes, bem como o impacto da pandemia no controlo de fatores de risco e as repercussões da pandemia a médio prazo foram alguns dos temas em destaque, ao longo do evento virtual.
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